Padre Jordan é um nome que ecoa na história da Igreja como sinônimo de fé inabalável e dedicação incansável. Um homem que, impulsionado por uma confiança absoluta nos planos de Deus, dedicou sua vida a uma missão grandiosa: tornar o Divino Salvador conhecido e amado por todos os povos. Seu legado, a Família Salvatoriana, é um testemunho vivo dessa fé transformadora, fruto de sua confiança inabalável nos planos de Deus.

Vamos conhecer um pouco mais da sua história e testemunho de vida!

Quem é Padre Jordan

Ele é nascido em Gurtweil, Alemanha, em 16 de junho de 1848, e batizado no dia seguinte com o nome de João Batista. E foi ainda na adolescência, no momento de sua primeira comunhão, que Padre Jordan sentiu o chamado de Deus para uma vida de serviço na Igreja. Contudo, como veio de uma família pobre, não pôde realizar seu sonho de se tornar padre quando alcançou a idade para isso.

Então, depois que concluiu seus estudos primários, ele trabalhou como operário e pintor-decorador, viajando a trabalho pelo seu país. Nessas viagens ele percebeu que as pessoas, tanto da Alemanha quanto de outros países europeus, haviam abandonado a Deus, haviam perdido a fé.

O sim transformador!

No entanto, a vida de Padre Jordan foi marcada por uma busca incessante pela vontade divina. Em meio às incertezas e desafios da vida, ele encontrou em Deus uma fonte inesgotável de força e esperança. Essa confiança inabalável o impulsionou a trilhar um caminho de entrega total ao serviço do próximo. Finalmente, diante desse cenário de descrença do povo em que ele se encontrava, tomou a decisão de seguir sua vocação.

Em 1869 começou a ter aulas particulares com seus amigos sacerdotes de Waldshut e depois disso estudou no Liceu de Constança. Durante seus estudos secundários, teve que se esforçar muito, mas, ao mesmo tempo, apesar de suas dificuldades com os estudos, desenvolveu um talento para os idiomas.

Logo, em 1874, começou os estudos de Teologia e Filologia. E depois de concluí-los com êxito, iniciou sua preparação para o sacerdócio no Seminário de São Pedro. Então, aproveitou o tempo dos estudos teológicos para aprofundar sua fé e espiritualidade.

Sendo assim, continuou recebendo os sacramentos com regularidade, como fazia desde a infância e dedicou muito tempo à oração. Também começou a escrever o seu Diário Espiritual, onde anotou suas ideias mais importantes, até sua morte. E esse diário se converteu em uma valiosa fonte para conhecer sua personalidade e seu perfil espiritual.

No dia 21 de julho de 1878, Jordan foi ordenado sacerdote e mais tarde, por ordem de seu bispo, foi para Roma a fim de iniciar os estudos de línguas orientais: sírio, aramaico, copta, árabe, hebraico e grego.

O legado seu legado para a Igreja

Desde a época dos estudos de Teologia, crescia sua convicção de que estava sendo chamado por Deus para fundar uma nova frente apostólica na Igreja. E nessa obra, os membros poderiam defender a fé e contribuir na proclamação de que Jesus é o único Salvador.

Logo, essa convicção ficou ainda mais forte em Padre Jordan durante uma viagem ao Oriente Médio, em 1880. E depois de regressar a Roma, começou a implementar sua ideia de fundar uma comunidade de religiosos e leigos.

Esta comunidade seria organizada em três grupos chamados “graus”:

O primeiro para aqueles que, como os Apóstolos, deixam tudo e, vivendo em comunidade, se dedicam por inteiro a proclamar a Boa-Nova;

Já o segundo para os acadêmicos, os quais propagam as verdades divinas através de publicações;

E o terceiro para os leigos que, permanecendo em suas famílias e dentro da realidade de sua vida cotidiana, proclamariam o Salvador, sobretudo com o testemunho de uma boa vida cristã.

Inicialmente, a obra do Padre Jordan recebeu o nome de Sociedade Apostólica Instrutiva, e, no dia 8 de dezembro de 1881, seu primeiro grau teve início oficialmente em Roma. Mas, um ano depois, o nome mudou para Sociedade Católica Instrutiva, e meses depois, a estrutura se transformou em duas congregações religiosas: feminina e masculina. Anos depois, a comunidade feminina se separou, tornando-se Irmãs de Nossa Senhora das Dores. E em 1893, a comunidade masculina recebeu o seu nome atual: Sociedade do Divino Salvador.

E graças à sua grande determinação, fundou uma segunda congregação religiosa feminina (as Irmãs do Divino Salvador), em 1888, com a bem-aventurada Maria dos Apóstolos.

O testemunho de confiança de Padre Jordan

Padre Jordan se dedicou totalmente ao desenvolvimento de sua obra como fundador, guia espiritual e superior geral. Mas esta múltipla função não foi fácil para ele, já que exigia um grande esforço, sobretudo quando enfrentou diferentes dificuldades administrativas, financeiras e pessoais.

Contudo, lhe proporcionou uma profunda alegria interior. E essa alegria era baseada sobretudo em duas coisas: na sua confiança inabalável em Deus e em sua profunda convicção de que essa era a maneira de dar vida à sua vocação de fundador e de contribuir para a salvação das almas.

Sua obra se expandiu e não demorou para que fundasse novas casas da Sociedade do Divino Salvador em diversos países da Europa e outras partes do mundo.

Logo, por meio de todas as experiências que teve, Padre Jordan amadureceu como ser humano, como religioso, como sacerdote e fundador. E assim desenvolveu sua personalidade e cresceu espiritualmente.

A base deste crescimento espiritual é o seu profundo amor a Deus e ao próximo, sua perseverança na oração e sua confiança na Divina Providência. Mas também sua humildade, o amor à Eucaristia, a aceitação corajosa da cruz e a fidelidade à Igreja.

O testemunho do Padre Jordan é um convite à confiança

A história de Padre Jordan é um convite à reflexão sobre o poder da fé. Ao confiar plenamente em Deus, ele se tornou um instrumento nas mãos do Divino Salvador, capaz de realizar grandes obras. Suas missões, suas fundações, seus escritos, tudo foi fruto de uma profunda comunhão com Deus. Dessa forma, ele nos ensina que, quando entregamos nossas vidas nas mãos de Deus, somos capazes de alcançar feitos que ultrapassam nossa própria compreensão.

A confiança, nesse sentido, se revela como uma etapa fundamental de qualquer decisão, especialmente da decisão vocacional. Ao escolher seguir a Deus, Padre Jordan abraçou um caminho de total entrega, renunciando a seus próprios projetos e colocando-se à disposição da vontade divina. E essa atitude de confiança é um convite para que cada um de nós busque discernir a nossa própria vocação, ouvindo a voz de Deus em nosso interior.

A decisão vocacional, seja ela ao sacerdócio, à vida religiosa ou ao matrimônio, exige um ato de fé. É preciso confiar que Deus nos conhece profundamente e nos chama para uma missão específica. É preciso estar disposto a sair da zona de conforto e a enfrentar os desafios que a vida nos apresenta, seguros de que, com a graça de Deus, seremos capazes de superar qualquer obstáculo.

Sendo assim, a história de Padre Jordan nos inspira a cultivar uma fé cada vez mais profunda e a confiar plenamente em Deus, em todas as circunstâncias da vida. Ao seguir seu exemplo, podemos experimentar a alegria de sermos instrumentos de Deus para a transformação do mundo.

Assista o Milagre, testemunho da intercessão do Padre Jordan

Com o tempo, Padre Jordan passou a ser considerado, tanto pelos membros de sua comunidade como pelas pessoas de fora, como um homem que levava uma vida santa.

E de fato a Igreja o reconheceu como bem-aventurado depois do reconhecimento de um milagre. Uma família brasileira, Fernando e Gisele, de Várzea Paulista – SP, esperava seu primeiro bebê. E após várias investigações, eles receberam a notícia dos médicos e especialistas que o feto sofria de uma doença óssea incurável (displasia esquelética). Mas eles alcançaram uma graça extraordinária com a intercessão do Padre Jordan.

Conheça os detalhes dessa história inspiradora de confiança no documentário: O Milagre!